Crítica literária de Márcia Feijó publicada no DIÁRIO CATARINENSE em 22 de junho de 2009:
N° 8474
SOPA DE LETRINHAS
Simplicidade e doce sabor de infância
Confesso: sou suspeita. Amo Minas Gerais. Adoro livros sobre recordações de infância. E mais ainda se eles falam daquelas receitas gostosas que só as tias, avós ou mães da gente sabem fazer. Vou logo pensando nas minhas próprias fazedoras de guloseimas. Então, esse comentário sobre a obra Minha Tia Faz Doce no Tacho é tão suspeito quanto eu.O livro de Adriano Messias registra, literalmente, as doces lembranças de sua vida no primeiro volume da série Sabores da Terra. Ele descreve sua trabalhadeira tia Nice, moradora de uma casarão de janelas azuis (típico do interior de Minas) e habilidosa cozinheira. Uma pessoa de bom coração, que faz a alegria da criançada distribuindo suas cocadas, pés-de-moleques e nhá-bentas na praça.O tema é extremamente singelo, e o desenvolvimento do texto também. Sua linguagem é bastante acessível aos leitores iniciantes e bem popular. A utilização de vários termos regionais dão margem, inclusive, à utilização nas aulas de Língua Portuguesa que tratem sobre esse assunto. E no final do livro ainda há duas receitinhas reais, a Goiabada de Tacho Amassadinho e o Doce de Leite de Vaca Mansa.As ilustrações de Tania Ricci são igualmente como doce de tacho. Sem ingredientes refinados, mas com muito sabor, ela retrata precisamente a simplicidade da trama.
Minha Tia Faz Doce no Tacho, de Adriano Messias. Ilustr. Tania Ricci. Sabores da Terra. Cuca Fresca Edições. 24 págs. R$ 25
marcia.feijo@diario.com.br
MÁRCIA FEIJÓ
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