Está aí: fulecar,
verbo intransitivo do português brasileiro, significa “perder todo o dinheiro
em um jogo”.
Ex.: - Eu vou apostar mil reais que o Brasil ganha a Copa. -
Tome cuidado. Você pode fulecar!
Mas pode também significar “coisa sem graça” (no Pará).
Exemplo: - Que coisa mais fuleca!
O
termo vai mais longe: apesar de origem incerta, há quem associe "fulecar"
com uma palavra do quicongo (idioma africano): "mfulu", que significa
“uma pessoa que perdeu tudo”. A raiz “ful-”, em “fulecar”, dá ideia de “perda”.
Em espanhol, tal raiz está, por exemplo, na palavra “fullero” (uma coisa pouco útil),
semelhante ao nosso “fuleiro” (algo medíocre, sem valor, sem bom gosto, cafona,
pouco sério, que não desperta confiança). Lá em Trás-os-Montes, temos “fulecra”
para se referir a uma rapariga magricela, um tanto leviana… E também é o nome
de uma avezinha espertinha.
Outro
elemento a ser considerado é o sufixo ´"-eco" que, em língua
portuguesa, pode transmitir ideia de depreciação, pouco valor, tamanho pequeno:
jornaleco, padreco, clubeco.
Realmente,
Fuleco não nos tem soado como um nome muito feliz, se pensarmos que o “ful” leva
a uma associação rápida com “fuleiro”, “fula da vida”, e expressões do tipo.
Fulecagem,
não?
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