Eu sinto muito, mas não serve
Valor Econômico - 06/02/2009 - Por Robinson Borges
O início de carreira para um escritor não é nada fácil, nem para os mais talentosos. Considerado uma das grandes referências literárias do século XX, o francês Marcel Proust recebeu um não bem redondo logo de início, quando os manuscritos de seu magistral Em busca do tempo perdido foram recusados por ninguém menos que André Gide, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura e fundador da editora Gallimard, na França. É claro que depois que o livro foi publicado, entre 1913 e 1927, Gide passou a lamentar o resto da vida pela recusa, uma falha em seu currículo de editor. Mas a palavra rejeição parece ser um substantivo bastante familiar tanto para quem escreve quanto para quem edita. Foi esse universo constrangedor e comum no mundo das letras que inspirou o escritor canadense Camillien Roy a escrever um curioso, criativo e sobretudo divertido livro A arte de recusar um original (Rocco, 143 pp., preço a definir). Roy fez um ensaio com 99 possíveis cartas de rejeição de um original enviado a diferentes editoras por um escritor em início de carreira.
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