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27/04/2010

"MINHA TIA FAZ DOCE NO TACHO" EM SANTA ADÉLIA - SP


"Olá Adriano,

Meu nome é Elsa, trabalho na biblioteca municipal de Santa Adélia, recentemente recemos um livro seu, "Minha tia faz doce no tacho"; eu e as crianças que frequentam a biblioteca adoramos seu livro.
Parabéns pelo seu lindo trabalho, continue adoçando a vida das pessoas com suas histórias encantadoras.

Abraço!

elsa.maia@yahoo.com.br"

***

É muito bom receber este tipo de email. Sempre tenho um respaldo de meus leitores. Por isso resolvi colecioná-los aqui no blog.

Santa Adélia é uma cidade do interior do estado de São Paulo, próxima a São José do Rio Preto e a 371 km da capital.

PREFEITURA DO RECIFE RECOLHE LIVRO ESCOLAR SOBRE SEXO


Publicado em 27.04.2010, às 07h32 - Do Jornal do Commercio


Depois da polêmica envolvendo pais, alunos, e professores, a Prefeitura do Recife decidiu recolher o livro paradidático Mamãe, como eu nasci?, voltado para a educação sexual de crianças entre 8 e 10 anos. Após receber uma comitiva de quatro vereadores, ontem, o secretário de Educação, Cláudio Duarte, enviou às 208 escolas um pedido para que a obra seja retirada de circulação, no mesmo mês em que foi distribuída. “Temos que encarar a questão de modo científico, mas como é um tema complexo e está relacionado a fatores culturais, como religião e renda, orientamos que os livros sejam recolhidos”, disse ele.
De acordo com o secretário, a orientação é para que a direção de cada escola discuta com os pais como abordar a educação sexual em sala de aula. Após o debate, o livro continuará a ser utilizado, se for de comum acordo entre as partes. Uma das críticas foi justamente a falta de uma conversa prévia entre os responsáveis pelos alunos e docentes. Escrito em 1988 pelo professor Marcos Ribeiro, o livro foi adotado pela primeira vez este ano no Recife, onde há cerca de 25 mil alunos entre 8 e 10 anos.
As ilustrações da obra são o motivo maior da polêmica. O livro mostra, por exemplo, um menino numa banheira e uma menina em frente à televisão se masturbando. Alguns pais e professores avaliaram como um incentivo à prática ou uma tentativa infeliz de orientar a criança. “As pessoas grandes dizem que isso vicia ou ‘tira a mão daí que isso é feio’. Só sabem abrir a boca para proibir. Mas a verdade é que isso não causa nenhum problema”, diz um trecho do texto. O livro também diz que a “brincadeira” não deve ser feita em todo o lugar e orienta a criança a não deixar nenhuma pessoa mais velha tocar na sua genitália.
“O objetivo não é incentivar, mas sim discutir os fenômenos relacionados ao desenvolvimento sexual”, rebateu Cláudio Duarte. Para defender a abordagem do tema, ele recorreu a números de uma pesquisa. “Das famílias que ganham até um salário mínimo, a gravidez precoce atinge 25% das jovens. Nas famílias de classe média ou alta, 2,5% das jovens até 19 anos engravidam”, argumentou, atribuindo os números ao Unicef, ligado às Nações Unidas (ONU).
Apesar da polêmica, o autor da obra é considerado uma autoridade no assunto. Marcos Ribeiro foi premiado pela Academia Brasileira de letras de livros sobre sexualidade e corresponsável pelo documento Sexualidade, prevenção das DST/Aids e uso indevido de drogas, do Ministério da Saúde e voltado para crianças e adolescentes.
A comitiva de vereadores que foi ao secretário foi formada por André Ferreira (PMDB), Vera Lopes (PPS), Osmar Ricardo (PT) e Antônio Luiz Neto (PTB). “O livro é agressivo e os textos são grosseiros. Cada pai tem a sua forma de educar. À escola, cabem outras coisas”, reclamou André Ferreira, pai de duas meninas, de 2 e 4 anos, e evangélico.

26/04/2010

SAIU NA FOLHA ILUSTRADA DE HOJE

SUCESSO DO ALÉM - Obras Ligadas ao Espiritismo Aumenta Procura por Centros
Matéria do jornal Folha de São Paulo de 26 de abril de 2010 - Ilustrada.


Onda de Obras Ligadas ao Espiritismo Aumenta Procura por Centros e Ajuda Espíritas e Simpatizantes a "saírem do armário".

Por Fernanda Mena Laura Mattos, da reportagem local.

O fenômeno de bilheteria do filme "Chico Xavier" e a onda de produções ligadas ao espiritismo, que têm marcado 2010, estão ajudando espíritas brasileiros a "saírem do armário".

"O discurso de reconhecimento da doutrina e de figuras centrais do espiritismo vai ajudar muita gente a assumir que é espírita", avalia Célia Arribas, socióloga e pesquisadora da USP, autora do livro "Afinal, Espiritismo É Religião?" (Alameda Editorial), com lançamento previsto para maio. "Usando uma linguagem figurativa, é possível dizer que eles vão sair do armário."

Para Geraldo Campetti, diretor da Federação Espírita Brasileira (FEB), a difusão da doutrina realizada pelo filme, já visto por mais de 2 milhões de brasileiros, é um marco. "O espiritismo era um, antes de 2010, e será outro, após o final deste ano", analisa.

"Esse impacto fica visível na crescente demanda por informações que, desde a estreia do filme, tem ocorrido nos centros espíritas de todo o país."

Junte-se ao sucesso do filme a novela "Escrito nas Estrelas", da TV Globo, que teve audiência média, nas duas primeiras semanas, superior à de suas antecessoras no horário. Na trama, o protagonista morre e segue o enredo como espírito.

Além disso, até o final do ano, devem ser lançadas uma minissérie na Globo e três filmes em que a vida após a morte ou a mediunidade tem papel principal. Entre eles, chega aos cinemas em setembro o filme "Nosso Lar", baseado em livro homônimo de Chico Xavier, que já vendeu cerca de 2 milhões de exemplares desde sua primeira edição, em 1944.

Ser ou não ser

O sucesso de obras de temática espírita, no entanto, não pode ser explicado apenas com dados de pesquisas demográficas, que apontam existir no país cerca de 4 milhões de espíritas declarados. Segundo estimativa da FEB, somados praticantes e simpatizantes, esse número deve chegar a 23 milhões de brasileiros. Isso porque espiritismo não é uma religião proselitista. Logo, frequentar um centro espírita é diferente de ser espírita.

"Vou a um centro, mas também sou judia", diz Sandra Becher, 30, na saída de uma sessão do filme de Daniel Filho.

Hoje, há cerca de 12 mil centros espíritas no país - número que dobrou na última década. Ainda assim, Luís Eduardo Girão, produtor associado de "Chico Xavier", conta que o filme enfrentou dificuldades de financiamento "porque ainda existe a discriminação".

Herança dos tempos em que praticar espiritismo era crime, como rezava o primeiro Código Penal do Brasil República, de 1890 - cujos efeitos práticos se estenderam até 1945. A saída encontrada pela elite brasileira, que traduziu a obra de Allan Kardec do francês para o português, foi a produção de uma literatura que introduzisse princípios espíritas numa linguagem romanceada, de maior penetração. Afinal, quem é que não quer saber como é a vida após a morte? Foi a popularização da chamada literatura espírita, estandarte das listas de mais vendidos, que abriu caminho para a boa performance do espiritismo no cinema e na TV.

"Este é um mercado que se tornou promissor economicamente", explica Sandra Stoll, autora do livro "Espiritismo à Brasileira" (Edusp). "As produções cinematográficas têm apenas capitalizado um público simpatizante e predisposto, que é enorme."

Centros espíritas são laboratórios de promoção de filmes

Produtores promovem pré-estreias especiais para adeptos da doutrina e estimulam estratégias de divulgação boca a boca.

Pesquisas de opinião com religiosos reorientam roteiros de filmes, em que simpatizantes atuam por trás e diante das câmeras Da reportagem local.

"Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito", de 2008, se tornou um exemplo clássico de como obras ligadas ao espiritismo podem se tornar fenômeno de público, especialmente se contarem com o boca a boca dos adeptos da religião.

Projeto de um empresário de turismo de Fortaleza, o longa-metragem não investiu em publicidade e foi exibido em apenas 44 salas de cinema no país - lançamentos grandes costumam chegar a mais de 300.

O filme sobre o médico e político cearense do século 19, chamado de "Allan Kardec brasileiro", surpreendeu grandes investidores do cinema ao atingir 505 mil espectadores e ter mais de 41 mil DVDs vendidos.

Espírita, Luís Eduardo Girão não se aventurou no cinema sem antes fazer duas apresentações laboratoriais em grandes eventos ligados à religião: o Fórum Espiritual Mundial, no Brasil, e Congresso Espírita Mundial, na Colômbia.

"Com a reação das pessoas, mudamos completamente o projeto e abandonamos a ideia de docudrama", conta Girão, que criou a produtora Estação Luz Filmes e está filmando outro longa espírita, "As Mães de Chico Xavier", além de ter se tornado investidor e produtor do filme de Daniel Filho.

Diretor-geral da Sony Pictures no Brasil, distribuidora de "Chico Xavier", Rodrigo Saturnino conta que a bilheteria recordista foi também consequência de "um trabalho de divulgação com espíritas, como pré-estreias para dirigentes de entidades e divulgação via internet para os centros".

Silvia Puglia, presidente da Federação Espírita do Estado de São Paulo, conta que houve uma verdadeira corrente entre os centros espíritas para divulgar "Bezerra de Menezes" e "Chico Xavier". Ela foi convidada para uma das pré-estreias do longa de Daniel Filho dirigidas a entidades espíritas.

Estratégia semelhante será usada pelo longa "Nosso Lar", baseado em livro de Chico Xavier e coproduzido pela Fox, a ser lançado em setembro.

"Estamos fazendo um trabalho junto aos centros espíritas. Teremos sessões especiais organizadas por essas entidades. Muitas delas já estão nos procurando e vão nos dar um grande suporte. O boca a boca entre espíritas é muito importante", diz a produtora do filme, Iafa Britz, que tem no currículo os sucessos de bilheteria "Se Eu Fosse Você 1 e 2".

Britz é judia e espírita. Já o diretor, Wagner de Assis, é católico e espírita. "Nós costumamos fazer obras com as quais nos identificamos", conta a produtora.

Esse é também o caso de outro novo diretor de obras espíritas. Tomy Blazic dirigirá "Ninguém É de Ninguém", baseado em livro da autora de best-sellers espíritas Zíbia Gasparetto. "As pessoas têm curiosidade de entender como o outro lado é". Girão completa: "O gênero veio para ficar". Reportagem de Laura Mattos e Fernanda Mena.

Acidente na Globo Torna Ator Espírita

Após acidente na Globo, Carlos Vereza se converteu ao espiritismo.

Intérprete de Bezerra de Menezes no cinema e de um espírito na atual novela das seis da Globo, Carlos Vereza, 69, é espírita desde 1990. À Folha, contou ter procurado um centro espírita após sofrer acidente de trabalho na Globo que o levou a ter labirintite e depressão. Leia entrevista com ele:

O ator Carlos Vereza, 69, recebeu apenas cachê simbólico para interpretar o protagonista do filme "Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito". Espírita desde 1990, ele também está feliz com o papel do espírito de luz Athael na novela das seis da Globo, "Escrito nas Estrelas". Em entrevista à Folha, o ator contou ter se convertido ao espiritismo após sofrer um acidente de trabalho na Globo.

"Eu não tinha nenhuma religião. Sempre acreditei em Deus, mas esse mundo era distante. Você chega ao espiritismo pelo amor, pela dor ou razão. Eu sofri um acidente de trabalho na Globo, um tiro, um efeito especial mal feito. Colocam pólvora no local e acionaram por um controle remoto. Era um seriado medíocre chamado Delegacia de Mulheres", lembrou.

Vereza conta que seu ouvido interno foi atingido. "Fiquei com labirintite e tive que parar de trabalhar, o que me levou à depressão. Os médicos diziam que não tinha como resolver. Fui internado em várias clínicas. Procurei o centro Frei Luiz, indicado por uma tia católica que me disse que um primo havia sido curado lá de leucemia. Em sete meses, eles me curaram", disse.

Depois disso, Vereza se tornou médium e é voluntário no centro até hoje. Ele acredita que o sucesso do filme "Bezerra de Menezes", visto por mais de meio milhão de pessoas, abriu uma "corrente de obras espiritualistas". "Se está tendo sucesso, e isso é lei de mercado, é porque as pessoas estão precisando. Os produtores fazem pesquisas e começam a perceber que o público precisa de um pouco de paz, de uma respiração".

Sobre a novela, cujo protagonista morre no primeiro capítulo e segue como espírito na trama, Vereza disse que, até onde leu o roteiro, "está absolutamente fiel à doutrina espírita".

Comentário

Ao final, não se aplaude o filme, mas a memória do médium Chico Xavier.

Por Nina Lemos, colunista da Folha.

Na entrada da sala, cerca de 200 pessoas esperam agitadas. "Aqui é a fila do Chico Xavier?".

A pergunta é feita a cada cinco minutos. Parece que vamos, de fato, encontrar o famoso médium para pedir um passe, uma carta psicografada. A cena ocorre num domingo no Shopping Frei Caneca, São Paulo.

Grupinhos de senhoras vestindo moletom chegam agitadas. A frequência do shopping, famoso por ser point gay, é alterada graças à magia do espiritismo. Meninos abraçados convivem em harmonia com senhoras em cadeiras de rodas conduzidas por suas filhas. Prova de que Chico Xavier, além de lotar cinemas, produziu o milagre da tolerância. O clima de centro espírita é reforçado pelas conversas na fila. Com ar de expectativa, os cinéfilos-espíritas falam sobre coisas do além. "Você já viu no Youtube a cena da morte dele, é chocante, aparece uma luz", conta às amigas a dona de casa Valéria Pizzutti, 48, kardecista.

As conversas sobre as coisas que acontecem "do lado de lá" contagiam até quem não é espírita de carteirinha. "A gente sempre tem curiosidade sobre as coisas sem explicação, sou meio mística", diz a cabeleireira Josefa dos Santos, 40.

Não estamos entrando para uma exibição comum, mas numa espécie de sessão espírita.

O clima de culto aumenta na sala de cinema lotada. Quando Chico Xavier reza, as pessoas rezam baixinho. Em outros momentos, sussurram músicas religiosas. A plateia vibra em cada cena engraçada. Mas, mais que isso, se acaba de chorar. De verdade. Na cadeira ao lado, uma senhora está aos prantos. Quando o espetáculo acaba, ele é aplaudido entusiasticamente. Não, não estamos aclamando o filme, mas sim Chico Xavier, e a possibilidade de ter explicação para aquelas coisas que acontecem "do outro lado".

"Que coisa mais linda! Falaram que em toda sessão é assim", comenta a vizinha de cadeira com sua amiga.

Na saída, o clima de alegre expectativa muda. Todos estão em silêncio. Respeitosos. Impossível não comparar isso com a saída de uma missa. Ou de um culto em um centro espírita de verdade. Mas, no fundo, não foi isso que aconteceu na sala de cinema do shopping?

25/04/2010

ALICE, DE TIM BURTON: ANIMAIS MAIS HUMANIZADOS DO QUE NÓS

Fui hoje ao cinema me encontrar com Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland) em 3D. Os efeitos especiais são exatamente como o esperado: ousados, instigantes e criativos. A reconfiguração das duas obras de Lewis Carroll deixou um sabor de adorável síntese – quase o final de uma trilogia. E, mais do que isso, Alice me impressionou pela delicadeza com que foram retratados vários dos personagens animais. Novamente a doçura, a candura, o afeto e a solidariedade foram muito fortes em um filme de nossos tempos tumultuados: um cachorro preocupadíssimo com a família aprisionada; porcos, sapos e peixes cúmplices da mesma submissão; um flamingo que lamenta ter de acertar um hedgehog-bola-de-críquete. Compaixão, amizade e abnegação me chamaram atenção, muito mais do que a fabulação um tanto fraca da protagonista.
Sim, os animais nos filmes fantásticos andam mais humanos do que nós. Este é um tipo de recado que várias produções nos têm deixado, há muito tempo.
Ah, sim... surpreenderam-me também as configurações do pássaro Felfel e do temível Jaguadarte, dentre outros seres malévolos.





22/04/2010

A POLÊMICA DE “INFANTO-JUVENIL”/ “INFANTOJUVENIL”/ “INFANTO JUVENIL”

Depois do acordo ortográfico, “infanto-” passou a seguir a regra dos prefixos e falsos prefixos que terminam em vogal: se o segundo elemento começar por consoante, não haverá hífen. Assim sendo, atualmente aconselha-se escrever “infantojuvenil”, sem hífen. Mas nunca encontrei uma tabela de falsos prefixos ou pseudoprefixos com “infanto”, nem tampouco “litero” (redução de “literário” – lítero-musical virou literomusical, sem acento).

E a regra continua: hífen, no caso de "infanto-" e na maioria dos elementos prefixais que terminam com vogal, só quando o segundo elemento começar com "h" ou com vogal igual à que encerrar o primeiro: anti-inflamatório, micro-ondas, mini-hotel, infanto-hospitalar.

Acredito, como outros que pesquisam as particularidades da língua, que as pessoas continuarão a escrever “infanto-juvenil” até o final de 2012. Mas este parece ser um daqueles casos em que duas formas coexistirão: delitos infanto-juvenis; delitos infantojuvneis; literatura infanto-juvenil; literatura infantojuvenil. Não há clareza... Até porque hoje, na área de busca do site da ABL, quando digitei "infanto + juvenil", a forma que apareceu foi “infanto juvenil”!

E agora, José?

18/04/2010

LOBISOMENS NO CINEMA BRASILEIRO

O nosso clássico sobre lobisomens, sem dúvida, é O CORONEL E O LOBISOMEM, que já teve várias versões e adaptações. Vamos destacar duas: uma, dirigida por Alcino Diniz, em 1979, que é também a primeira versão cinematográfica da obra de José Cândido de Carvalho; a outra foi dirigida por Maurício Farias, em 2005. O enredo gira em torno de Ponciano de Azeredo Furtado, um coronel de patente e fazendeiro por herança, que luta contra seu irmão de criação, Pernambuco Nogueira, para manter as terras da Fazenda Sobradinho e conquistar o coração de sua prima Esmeraldina. Para vencer esta batalha, Ponciano precisa enfrentar feras do mundo dos homens... e do mundo sobrenatural. O livro também se tornou minissérie pela TV Cultura.


QUEM TEM MEDO DO LOBISOMEM? (Reginaldo Faria, 1974). Trata-se de um filme que mistura comédia e terror. Rapazes típicos do bairro de Ipanema dos anos 70 partem para o interior, em busca de aventuras. Acabam por encontrar uma jovem noiva deixada na porta de uma igreja e, a partir de então, coisas estranhas começam a acontecer na fazenda onde se hospedam, como o surgimento de um lobisomem.


UM LOBISOMEM NA AMAZÔNIA (2005, Ivan Cardoso) é um filme do gênero “terrir” – que o diretor consagrou em nossa cinematografia. A história trata de Natasha e seus amigos, que decidem entrar na Amazônia para participar da cerimônia do santo Daime. Se eles tivessem dado mais atenção a um aviso que escutaram em um rádio, não teriam se tornado alvos do lobisomem que ronda a região.


Nossa produção televisiva é mais rica do que nosso cinema, em termos de filmes de terror. Vale sempre garimpar por aí em busca de boas pérolas. Por exemplo: o segundo momento de filmagem da série Carga Pesada trouxe um episódio com um lobisomem.

17/04/2010

FILMES DE LOBISOMEM


Claro que sempre fica de fora alguma coisa muito boa! Mas se você não viu pelo menos metade destes filmes, então ainda tem muito o que ver sobre a licantropia no cinema...
1. UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES (1981, dir. John Landis, Inglaterra) - Este, para mim, é antológico. A cena da transformação do jovem em lobisomem é uma das melhores já feitas. E a parte inicial do filme é de um sabor único: boa dose de tensão e suspense seguram o espectador em um vilarejo do nordeste inglês. Para mim, é um filme nota 10.


2. GRITO DE HORROR (1981, dir. Joe Dante) é mais um daqueles clássicos imperdíveis. O que podemos considerar um diferencial neste filme foi a busca de um equilíbrio entre a animalidade do monstro e um aspecto sensual, até então pouco explorado. O enredo é muito bem construído.


Grito de Horror (imagem ao lado) é mais um filme nota 10, assim como...


3. BALA DE PRATA/ A HORA DO LOBISOMEM (1985, dir. Daniel Attias, EUA), com roteiro do grande Stephen King. Há uma cena muito bem feita de um sonho em uma igreja cheia de lobisomens. Em geral, os monstros são mostrados de forma escamoteada, com jogos de sombra e luz, o que também compensa a falta na maquiagem e no figurino. No final, o resultado foi excelente. Temos realmente uma dívida com os anos 80 em relação aos filmes de lobisomem.



Mas não dá para abandonar os anos 80 muito rapidamente... Ainda há o intrigante, inteligente e memorável...


4. NA COMPANHIA DOS LOBOS (1984, dir. Neil Jordan, EUA/ Inglaterra). Este filme faz alusões diretas ao conto da Chapeuzinho Vermelho, em uma abordagem adulta e muito psicanalítica.



Ah, sim, existem vários outros bons filmes. Não podemos esquecer o clássico dos anos 40, referência para várias outras produções:
5. O LOBISOMEM (1941, dir. George Waggner). um jovem salva uma moça que está sendo atacada por um lobo, mas acaba sendo mordido. depois disso, em todas as noites de lua cheia, ele se transformará em lobisomem e atacará as pessoas.

Os anos 90 assistiram:
6. LOBO (1994, dir. Mike Nichols), em que Jack Nicholson é um editor que, ao voltar para casa, atropela um lobo. Quando vai verificar oque houve, acaba sendo mordido e desde então começa í começa a se transformar em lobo. Michelle Pfeiffer vai apaixonar-se por ele, sem saber da maldição.



7. UM LOBISOMEM AMERICANO EM PARIS (1997, Anthony Waller, EUA) vale pelos cenários naturais da Cidade-Luz. O enredo não é ruim, se não abusassem um pouco do splatter (excesso de sangue), coisa que particularmente não me agrada em filmes.
A história é sobre a filha de um lobisomem que tenta ser curada pelos pais da maldição da licantropia, que herdou geneticamente. Nem tudo corre como planejado, e ela tenta suicidar saltando da Torre Eiffel, mas é salva por um turista americano. Os dois se apaixonam, mas ele logo se envolve sem querer em uma sociedade secreta de lobisomens.



8. UM LOBISOMEM MEXICANO NO TEXAS (2005, Scott Maginnis) não tem nenhuma relação com seus quase homônimos anteriores. A população de uma pequena cidade isolada no Texas fica chocada quando uma série de assassinatos violentos começa a acontecer no local. Mas há quatro jovens que sabem o que está acontecendo. Quem está fazendo as vítimas é uma estranha criatura conhecida como Chupacabra, uma fera lendária que antes, atacava apenas as cabras, mas que agora está atrás de sangue humano. A imagem do monstro vai abaixo. Tá mais pra chupacabra mesmo...





E o Brasil?
Ah, nós temos filmes de lobisomem também... Em outra postagem você vai descobrir quais são eles...

10/04/2010

MAL-ASSOMBRADAS EM BLOG


Comentário de Rubem Leite sobre meu livro "Histórias mal-assombradas em volta do fogão de lenha, em seu blog http://artedoartista.blogspot.com/
Só o email é que não é mais o mesmo. Já não uso há tempos o adrianojornalista@yahoo.com.br

09/04/2010

SÃO AS dObras DE MARÇO FECHANDO O VERÃO...

Eu revisei os artigos desta edição de dObras (que tem por slogan "uma revista de moda mas não só, acadêmica mas não tanto").
A revista está linda, e a capa vai ao lado, escaneada.
Os artigos acadêmicos estão excelentes. O primeiro trata do terno de anarruga como ícone do guarda-roupa masculino americano. Quem quer saber mais, tem de ler o texto do Marcelo de Araújo, que é Doutor em Filosofia pela Universität Konstanz, da Alemanha. Já Andréa Portela e Ludmila Brandão discutem até que ponto a indústria da moda devem ditar o que vestimos, inspiradas no comportamento de Beth e Davi, um casal que se veste de forma singular, sem se preocupar com as críticas. A Amanda Vatras aborda o design como estratégia para gestão de empresas que se voltam ao vestuário, enquanto Claire Courtois trata das marcas na ocupação do espaço urbano.
O meu artigo predileto desta edição foi escrito por minha amiga Luciane Glaeser, que é mestranda em Moda, Cultura e Arte pelo Senac-SP. Historiadora com um pé na literatura, ela escreveu "Vampiros: moda e subjetividade", em que discute o fenômeno "Crepúsculo". O texto é muito bem escrito e é imprescindível para se refletir sobre a nova coqueluche vampiresca que nos circunda...
Ah, e além desse pessoal todo, a dObras ainda traz suas deliciosas colunas. Quem quiser informações sobre a revista, basta enviar um email para: faledobras@estacaoletras.com.br

06/04/2010

ATIVIDADE: "MINHA TIA FAZ DOCE NO TACHO"

Na imagem abaixo estão sugestões para o professor trabalhar a partir de meu livro "Minha tia faz doce no tacho".


02/04/2010

CHICO XAVIER: O FILME

412 livros, nenhum de sua autoria, nenhum direito autoral recebido

Como uma plateia exigente pôde se manter em silêncio desde o início das duas horas de projeção do filme até o último crédito de encerramento da sessão? (Sim, há públicos difíceis em São Paulo, todo mundo o diz.)
E houve um outro comportamento que me chamou a atenção: aplausos, discretos e dosados. Acho incômoda esta atitude, em se tratando de filmes, mas não a reprovo. Eu a compreendo, só não a endosso.
Fora esta ovação do público, segundos antes de as luzes do ambiente se acenderem para nossa despedida, tudo foi quietude – termo que, neste breve artigo, para mim representa mais do que silêncio. Uma inusitada quietude que me fez pensar e refletir sobre tanta coisa do filme e a partir dele – seu antes e seu depois.
Há tanta coisa que precisamos ver e ouvir nessa época conturbada que, talvez por isso, muitos dos espectadores – espíritas e não espíritas – se mantiveram respeitosamente – e eu diria mais, quase que religiosamente – em serenidade até o fim da exibição de Chico Xavier, que estreou hoje, quando o médium comemoraria 100 anos de nascimento.
Eu poderia ter começado estes comentários falando da técnica, do enredo, dos atores, da escolha da montagem... mas preferi simplesmente comentar o público e sua postura. E acredito que aqui já digo algo sobre esta produção de alta qualidade visual, sonora e dramática.
Os créditos se adiantavam na tela enquanto trechos da clássica participação de Chico no Pinga Fogo, da Tupi, eram mostrados, finalizando com o momento em que o médium pediu para fazer a oração que aprendera com sua mãe, o Pai Nosso. Neste exato momento, eu me senti parte da metalinguagem: éramos todos parte do público daquele programa dos anos 70, naquela mesma noite que marcou a TV brasileira, mas também éramos sujeitos do século XXI, em busca de conhecimento, prazer estético e – quiçá - lenitivo. Tudo correu como se tivesse sido preparado há décadas, daquele jeito, com aquela mise-en-scène, naquele cinema – e em todos os outros do país, no mesmo horário.
E até a saída da sala de exibição, quase nenhuma palavra se ouviu.
O filme merece ser visto. Precisa ser visto, mas sem que se creia que a vida de Chico Xavier esteja toda lá. Não. Naquelas duas horas, está apenas uma infinitesimal porção de sua existência. Mas que porção maravilhosa esta, se todos pudessem – algum dia – vivenciá-la como um remédio em conta-gotas que, por um lado cura e, por outro, esclarece.

(Adriano Messias)

Assista ao trailer:


Fotos do filme:


Cartaz do filme:

BRASIL TEM 75% DE ANALFABETOS FUNCIONAIS


"Segundo dados de 2005 do IBOPE, no Brasil o analfabetismo funcional atinge cerca de 68% da população (30% no nível 1 e 38% no nível 2). Somados esses 68% de analfabetos funcionais com os 7% da população que é totalmente analfabeta, resulta que 75% da população não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas, ou seja, apenas 1 de cada 4 brasileiros (25% da população) são plenamente alfabetizadas, isto é, estão no nível 3 de alfabetização funcional.

Esses índices tão altos de analfabetismo funcional no Brasil devem-se à baixa qualidade dos sistemas de ensino (tanto público, quanto privado), ao baixo salário dos professores, à desvalorização e desmotivação dos professores, à progressão continuada (ou aprovação automática), à falta de infraestrutura das instituições de ensino (principalmente as públicas) e à falta de hábito e interesse de leitura do brasileiro. Em alguns países desenvolvidos e/ou com um sistema educacional mais eficiente, esse índice é inferior a 10%, como na Suécia, por exemplo." (da Wikipedia)