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04/09/2009

PRODUÇÃO TEXTUAL DE DETENTOS


"Paráfrase: campo de criação e trabalho nos textos dos detentos" é um texto de
Odete Ferreira da CRUZ (PG-UEM) e Marilurdes ZANINI (UEM), no qual ambas as pesquisadoras discutem o processo criativo na construção da paráfrase. Dentre os autores que fundamentam a análise, está Michail Bakhtin, um de meus estudiosos preferidos. O link para o texto integral é este: http://www.ple.uem.br/3celli_anais/trabalhos/estudos_linguisticos/pfd_linguisticos/080.pdf

As autoras utilizaram um poema de Oswald de Andrade e um pequeno trecho de um de meus livros (Histórias mal-assombradas do tempo da escravidão) para o processo de criação textual.

Reproduzo aqui as citações com a respectiva criação a partir de cada uma.


"Texto A
Meus oito anos – Oswald de Andrade
Oh que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais

Texto B
De volta ao passado
Recordo com saudade, a minha infância
querida de meus tempo de menino
Que jamais esquecerei (...)
A praça que ficava ao lado da minha casa,
era área de lazer das crianças que ali
moravam, que por serem pobres não tinham
opção. (P.F.J.)"


A segunda citação:


"Texto A
O canteiro do meu avô (Adriano Messias)
Meu avô tinha cada idéia, fazer um
canteiro de flores lindas, mas escondidas
dos prováveis apreciadores.


Texto B
O jardim da minha tia
Minha tia era demais, tinha idéias
malucas e inteligentes. Era uma tia muito
diferente. Plantava lindas rosas em seu
jardim mas não deixava ninguém pegar
flor é para ficar na terra, embelezando o
mundo. (...) P.S."


As autoras propuseram, na conclusão, que a paráfrase não é um texto "copiado", desarticulado ou "dependente" da subjetividade de um Outro, mas, sim, um discurso legítimo, um novo texto.

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