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19/02/2010

COMO (NÃO) FORMAR LEITOR



Depois de ter lido o texto acima, veja se concorda comigo...
Vou em defesa de "Iracema", "Senhora" e dos outros livros... mas concordo com o raciocínio geral do Zuenir. Sim, acho que os alunos do ensino médio não têm preparo para digerirem, por si mesmos, os livros mencionados. Eles precisam de orientação do professor, de estímulo, de muitos elementos que ajudem a tornar a leitura dos títulos citados uma leitura prazerosa. Do contrário, sairão odiando os autores, a disciplina Literatura (aversão esta bastante comum) e o professor. E, dali em diante, os estragos podem ser irreparáveis: o preconceito contra a literatura nacional pode ser tamanho que jamais ousarão pegar outro de nossos clássicos.
A escola não consegue concorrer com computador, internet, jogos virtuais, cinema em 3D, viagens para o exterior. Isso é verdade (pelo menos para a classe média, média alta e alta). E, ainda por cima, conteúdos são despejados de maneira desconexa sobre os alunos, esperando que eles façam o melhor percurso possível...
Mas daí a desqualificar os livros citados, sobretudo os de José de Alencar, não acho justo. "Senhora" e "Iracema" são excelentes exemplares de dois momentos do grande autor cearense: o romance social urbano e o romance indianista. Há talento refletido em ambas as obras. Há estilo, há pesquisa, há reflexos de uma época. O que não se pode é reduzi-las aos quadros de análise histórica e estilística dos estilos de época - uma forma que engessa toda possibilidade de fruição do prazer da leitura.
Está aí um desafio e tanto aos professores e à escola: o que fazer com a literatura brasileira e como estimular a meninada à leitura...

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